quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

PESQUISAS SEXUAIS

A CADA SEMANA, UM BRASILEIRO TRANSA TRÊS VEZES

O dado aparece num levantamento bastante abrangente feito pelo Projeto Sexualidade, do Hospital das Clínicas de São Paulo. E nós não estamos nada mal. No Japão, por exemplo, os casais mantêm a sonolenta média de uma transa a cada oito dias (veja seção Clube Galeria), e nossa estatística é também um pouco melhor que a dos americanos. Mas quantidade não seria nada sem qualidade - e o brasileiro sabe disso. A pesquisa também mostrou que 68% dos homens e 60% das mulheres consideram a própria vida sexual muito boa ou ótima. Num outro quesito, mais pontos para nós: 81% das brasileiras sexualmente ativas estão contentes com o desempenho do parceiro nas preliminares.

A CADA DIA, O HOMEM PENSA EM SEXO DURANTE 150 MINUTOS

Pelo menos foi isso que revelou uma recente pesquisa feita com 4 mil britânicos. A cada 24 horas, passamos cerca de 2 horas e meia imaginando, lembrando ou desejando transar. Mas alto lá. Pois não é que a mesma pesquisa constatou que as mulheres praticam esse exercício erótico mental por 180 minutos por dia - meia hora a mais que nós. Não eram elas que diziam que nós só pensamos em sexo? Brincadeiras à parte, o fato é que muitos especialistas no assunto defendem que pensar em sexo ao longo do dia é uma das melhores maneiras de manter ativa a chama do desejo. Quanto mais você pensa, melhor você faz. O pai da psicanálise, Sigmund Freud, sabia da importância disso e foi um dos primeiros a tentar descobrir quantas vezes a gente pensa naquilo ao longo do dia. Mas Freud, que tanto escreveu sobre a vida sexual dos outros, encerrou sua própria carreira erótica aos 42 anos - e olha que ele morreu aos 83. Talvez então uma fonte mais confiável sobre o tema seja o dramaturgo Dias Gomes, que simplesmente declarou: "O sujeito que pensa em sexo o dia inteiro é perfeitamente saudável". E pronto.

A CADA HORA, 1.110 PÍLULAS DE VIAGRA SÃO COMPRADAS NO BRASIL

Uma hora é o Viagra, outra o Cialis. Mês a mês eles se revezam nas estatísticas que medem qual remédio de disfunção eréctil mais lucra no país. Mas em número de comprimidos a pílula azul nunca perdeu o primeiro lugar. Com preço em torno de R$ 20 a unidade, o Viagra acrescenta ao faturamento da fabricante Pfizer cerca de US$ 6 milhões por mês. E a cada hora, 1.110 pílulas somem das prateleiras das farmácias. É claro que nem todos que compram o medicamento têm de fato problemas para manter uma ereção. Muita gente anda tomando Viagra ou similares com fins puramente recreativos - para, digamos, bancar o Superman por uma noite. Há cerca de um ano os jornais revelaram esta tendência. E mostraram que havia pessoas misturando Viagra, ecstasy e outras pílulas para produzir uma espécie de coquetel molotov do prazer. Não precisa nem dizer que a prática é altamente perigosa e desaconselhada pelos médicos.

A CADA MINUTO, A PALAVRA SEXO É DIGITADA 63 VEZES NOS SITES DE BUSCA

Isto significa mais de uma vez por segundo, ou 2,7 milhões de consultas por mês. E isso porque a estatística é da palavra-chave "sexo", usada somente em países de língua portuguesa ou espanhola. A palavra inglesa "sex" é procurada 13 vezes mais que isso, passando a marca de 35 milhões de buscas por mês. Também é importante considerar que boa parte das pessoas que procuram sexo na rede não precisa digitar essa palavra em mecanismos de busca, pois já conhecem os melhores sites para encontrar o que desejam. Ainda assim, este vocábulo continua sendo o campeão de buscas na web. E uma rápida comparação no mecanismo Google Trends (que informa estatísticas do gigante das buscas) dá pistas sobre o que o homem realmente mais gosta de fazer. Entre os que falam português, "sexo" é consultado mais ou menos quatro vezes mais que "futebol" e 40 vezes mais que "cerveja".

A CADA ANO, 11 MIL FILMES PORNOGRÁFICOS SÃO GRAVADOS

Não muito depois da invenção do próprio cinema, o homem criou o cinema pornográfico. Já nos anos 20, durante o reinado dos filmes mudos, existiam películas eróticas feitas para serem exibidas em bordéis. Hoje esta gigantesca indústria gera 11 mil novos títulos por ano e já tem até estrelas com salários quase hollywoodianos. Uma rápida lista de clássicos dessa categoria incluiria: Garganta Profunda, feito em 1972 e cuja protagonista tem um clitóris na traquéia, O Garanhão Italiano, em que um Sylvester Stallone ainda desconhecido já dava sinais de pouco talento, O Diabo na Carne de Miss Jones, com uma mulher de meia idade que após se suicidar tem a chance de realizar, no inferno, suas fantasias secretas e Atrás da Porta Verde, no qual a personagem principal é seqüestrada e levada a um clube de porta verde onde a libertinagem corre solta. Nas últimas duas décadas, o maior vendedor de filmes pornográficos do mundo foi John Stagliano, mais conhecido por Buttman. Dono de um império milionário, John é o pai do pornô-humorístico e, numa viagem ao Brasil, contraiu o vírus HIV após uma relação sexual com um travesti.

A CADA MÊS, US$ 2,5 BILHÕES SÃO CONSUMIDOS EM PRODUTOS ERÓTICOS

De sites eróticos a bonecas infláveis, de filmes pornô a vibradores, o mercado de produtos sexuais movimenta uma verdadeira enxurrada de dinheiro. As cifras dessa indústria, de acordo com a média de 2005, chegam a US$ 2,5 bilhões ao mês em todo o mundo. Isto significa que em apenas 20 meses eles negociam a mesma fortuna que Bill Gates levou 49 anos para acumular. Esse número aumentou muito nas últimas décadas - e a internet é o combustível responsável por esse aquecimento. Aproximadamente 20% dos lucros do universo erótico estão ligados à rede mundial. Segundo o Hitwise e o N2H2, institutos americanos que pesquisam a web, existem cerca de 300 milhões de sites com conteúdo pornográfico. Um em cada cinco endereços tem alguma coisa a ver com sexo. Achou muito? Então saiba que o Conselho Nacional de Pesquisa americano revelou que investidores de Wall Street acreditam num crescimento ainda maior. Eles dizem que esse mercado pode triplicar nos próximos cinco anos. Haja hormônio.